[email protected] +351 244 105 301 | +351 935 964 228

Betão de Artes Armado

Espectáculo multidisciplinar para celebrar o início da construção de um novo auditório. Ainda na sua fase inicial de obra, juntaram-se músicos, bailarinos e actores, e envolvendo todos os operários da construção e as suas ferramentas de trabalho, criou-se uma performance onde também o público foi autor em tempo real da obra que aconteceu no dia 1 de Outubro de 2007. 

O Francisco foi com o pai ao concerto

Não era uma sala de espectáculos
Era uma obra
Muitas pessoas perguntavam onde era a entrada
Alguns músicos conhecidos andavam de capacete
Havia um grande labirinto com velas
E luzes com cores dançavam nas paredes
Ouvia-se um Violino e um Clarinete no escuro
No meio um painel com palavras e pautas
O pai escreveu um som e eu escrevi rato
Convidaram-nos a subir
E ofereceram um raminho de alecrim
Mas também duas pedrinhas bonitas
Todos levavam pedrinhas
Já estavam todos sentados
Mas não havia palco
Um grande buraco espreitava as pessoas
Apagaram-se as luzes
Uma bola branca caiu em cima de um órgão
Todos fizeram silêncio
Depois parecia um circo
Os músicos tocavam
Do buraco a grua trouxe uma bailarina
A Inesa
Foi muito bonita a sua dança

 

O sol e a lua falavam
Umas palavras que só o pai percebia
O Francisco sonhava
Dos céus desceu o Nuno com o clarinete
Tive medo, era muito alto
Tocava o Bolero de Ravel
E desceu até encontrar uma senhora muito bonita
Tocava violino a Sara
Quando ninguém esperava
Os andaimes estavam cheios de professores
Começaram a tocar tubos coloridos
No Céu apareceram umas bolas de luz a dançar
Era a Lara pendurada nuns fios
Os sons que o pai escreveu e a minha palavra rato
Apareceram num grande cinema
Os músicos começaram a cantar e a tocar os nossos sons e palavras
Depois todos começaram a tocar pedrinhas
Os senhores das obras tocavam uns berbequins muito grandes
Apareceu uma grande máquina
O chão começou a tremer muito
Mas a música estava mágica 
Cada vez se tocava com mais força
E Pum
Apareceram umas luzes a voar no céu
E nunca mais se ouviu o clarinete e o violino
A Raquel apareceu no ar 
E cantou a canção do Adeus
Esta música eu sabia e também cantei
Eu e muitos meninos e pais que estavam no concerto
Acabou mas o sol fica cá dentro
Não sei como vou contar à mãe este concerto

Objectivo

Assinalar o início da construção de um auditório e envolver a comunidade para a sua programação.

Entidade Financiadora

SAMP – Sociedade Artística Musical dos Pousos.

Parceiros

SAMP – Sociedade Artística Musical dos Pousos.
Junta de Freguesia dos Pousos.

Comunicação Social

Partilhar